Removendo as pedras

24/04/2019


Texto: Mc 16.1-8

1 E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.

2 E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol.

3 E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?

4 E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande.

5 E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas.

6 Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.

7 Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como ele vos disse.

8 E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém porque temiam.

Introdução:

Estas mulheres amavam a Jesus, sofreram com Cristo os momentos mais difíceis, estiveram com ele o máximo possível, mas como os outros discípulos não podiam crer nas palavras de Jesus sobre a ressurreição:

"Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite" (Lc 24.6-7).

Por isso naquela hora a única preocupação que tomava o coração daquelas mulheres era: "Quem removerá a pedra?". Mas quando chegaram lá a pedra já havia sido removida e Jesus ressuscitado.

Estes fatos nos ensinam que a pedra que precisava ser removida não estava à porta do sepulcro, mas sim à porta do coração dos companheiros de Jesus.

A exemplo das mulheres e dos discípulos, muitos hoje também não conseguem a plenitude de alegria da ressurreição, porque existem em seus corações "pedras" que precisam ser removidas. Que pedras são estas?

I. A pedra da incredulidade:

A primeira pedra que precisava ser retirada do coração deles era a pedra da incredulidade.

Jesus mesmo fala a respeito dela quando se encontra com os demais discípulos:

Mc 16.11-14

"11 Quando a ouviram dizer que Jesus estava vivo e que tinha aparecido a ela, eles não acreditaram. 12 Depois disso Jesus se apresentou com outra aparência a dois discípulos que iam caminhando para o campo. 13 Eles voltaram e foram contar isso aos outros discípulos, e estes não acreditaram no que os dois disseram. 14 Por último Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto eles estavam à mesa, comendo. Ele os repreendeu por não terem fé e por teimarem em não acreditar no que haviam contado os que o tinham visto ressuscitado".

A incredulidade era fruto de uma realidade tão sólida: Jesus Morreu! Ela não permitia que lembrassem ou confiassem em suas promessas e muito menos acreditassem nos relatos de sua aparição.

A morte era visível demais, por isso o foco estava na pedra do sepulcro e não nas pedras do coração.

Hoje Jesus precisa tirar uma pedra que está no seu coração, a sua incredulidade, a sua dureza de coração, a sua incapacidade de confiar nas promessas de Jesus, ou no método dEle para a sua vida. Deixe-o remover esta pedra.

II A pedra do medo:

8 "Então elas saíram e fugiram do túmulo, apavoradas e tremendo. E não contaram nada a ninguém porque estavam com muito medo".

Quando os olhos delas foram abertos e viram os anjos. Elas foram lembradas das promessas do Senhor:

5 Então elas entraram no túmulo e viram um moço vestido de branco sentado no lado direito. Elas ficaram muito assustadas, 6 mas ele disse: -Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já foi ressuscitado. Vejam o lugar onde ele foi posto. 7 Agora vão e dêem este recado a Pedro e aos outros discípulos: "Ele vai adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse."

Porém, uma outra pedra se colocou diante do coração delas: O Medo.

Toda a vez que a nossa realidade concreta é confrontada pelo poder de Deus, perdemos o aparente controle e a segurança de que conhecemos a realidade.

Nossa rota passa ser totalmente desconhecida.

Elas tiveram medo:

  • Do que viram
  • Do que ouviram
  • Até do que lhes foi pedido, pois a princípio não falaram nada.

O medo é fruto:

  • Da loucura que a quebra da realidade nos propõe

i. è "Há razões que a própria razão desconhece"

ii. è Por isso a fé é o antidoto deste tipo de medo,

iii. ao crermos no poder e na grandeza de um Deus que vai muito além dos limites da minha pequena realidade.

  • Do que os outros vão pensar de nós

III A pedra da nossa percepção distorcida pela nossa dor:

Jo 20.13-16

13 Os anjos perguntaram: - Mulher, por que você está chorando?

Ela respondeu: - Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram!

14 Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu.

15 Então Jesus perguntou: - Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando? Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu: - Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo.

16 - Maria! - disse Jesus. Ela virou e respondeu em hebraico: - "Rabôni!" (Esta palavra quer dizer "Mestre".)

Maria Madalena só conseguiu ver um jardineiro, enquanto estava preocupada com o corpo de Jesus que havia desaparecido e chorava a maldade humana de não somente matá-lo, mas terem violado o seu sepulcro.

É interessante como somos capazes de enxergar a realidade não como de fato ela é, mas a luz dos nossos sentimentos, emoções e marcas da vida

É por isso que quando estudamos psicologia aprendemos que a realidade que vemos é uma leitura interpretada e não uma visão objetiva da verdade.

Por isso, muitas vezes a pedra que precisamos que seja removida é da interpretação que temos:

De Deus, das pessoas, da fé, da igreja de Jesus.

Pois estamos enxergando o jardineiro quando deveríamos ver o nosso Senhor.

Por isso Jesus usa um apelido familiar "Marian" è Mariazinha è para remover esta pedra.

Assim Jesus faz conosco. Ele marca a nossa vida com pequenas coisas pessoais, que talvez para os outros pareça simples demais, ou inexpressivas, mas que para nós são um chamado a realidade do seu poder e graça.

Veja-o com os olhos da fé. 

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